A fome

A utilização de técnicas agrícolas arcaicas, a seca, as pragas, as inundações, a actividade sísmica e a instabilidade política (guerras) são os principais factores que levam à fome generalizada. A discrepância entre o estado de nutrição das populações mais desenvolvidas e as menos desenvolvidas é abissal. Grande parte das pessoas dos países desenvolvidos apresenta doenças, em grande parte resultantes de excessos alimentares, obesidade, diabetes e doenças cardio-vasculares, no entanto, em África e na Ásia morre uma pessoa a cada cinco segundos e dos cerca de 27 mil que morrem todos os dias, mais de metade são crianças, com carências de quantitativos alimentares na sua dieta (vitaminas, minerais e cálcio). As mulheres e as crianças são nitidamente os mais afetados pela problemática da fome. As mulheres genéricamente recebem quantitativos monetários seriamente inferiores aos dos homens e muitas delas nem tem oportunidade de estudar, viajar ou mesmo gerir as suas próprias propriedades. A independência é integralmente inexistente nos países mais conservadores, onde a igualdade de género ainda não se alcançou, quer por motivação religiosa, cultural e/ou social.  A FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, concebeu plataformas de diálogo e aconselhamento em benefício das populações mais fragilizadas. Todos os dias são atirados para o lixo, centenas de alimentos, alimentos que dariam para alimentar cerca de 40 mil pessoas. O desperdício cometido (in)conscientemente por uns serviria para salvar milhares de vidas. Na realidade não se produzem poucos alimentos, a sua gestão é que é totalmente desregrada, obedecendo exclusivamene aos interesses dos grandes grupos comerciais,