Cão mapache

A cultura japonesa valoriza grandemente a natureza, as árvores e os animais autóctones do seu próprio país como o Cão Mapache ( Nyctereutes procyonoides) há centenas de anos que é exaltado e representado quer no folclore tradicional quer na estatuária japonesa. A espécie é relativamente inibida e pouco agressiva, é uma das poucas espécies de canídeos que consegue escalar às árvores. Após um período de 40/60 dias de gestação as fêmeas dão à luz 4/5 crias por ninhada, curiosamente as ninhadas são criadas por ambos os progenitores, enquanto um deles tenta encontrar alimento, o outro cuida das crias irrequietas. Invertebrados, bagas, sementes, frutos, lagartos, e pequenos roedores são alguns dos alimentos consumidos pela espécie (omnívoro). Com o começar do inverno, tal como, muitas outras espécies de mamíferos, o Tanuki (Cão Mapache em japonês) hiberna, para poupar a preciosa energia, obtida ao longo dos meses de maior abundância de alimentos (primavera e verão). Atualmente a espécie, pode ser encontrada em territórios tão longínquos como a ex. União soviética, a França, entre outros.  O Tanuki, foi trazido para a  Eurásia com um   intuito predominantemente comercial, a utilização das suas peles. Primordialmente eram criados somente em cativeiro, no entanto, acabaram por ser soltos alguns indivíduos para a práctica de uma actividade muito valorizada na altura, a caça. Aparentemente a sua presença em territórios tão longínquo não acarretou qualquer desequilíbrio ecológico, a espécie abunda nas montanhas, planícies e nos bosques escandinavos e bálticos. Actualmente representa 11% do total de animais caçados no Japão e 23% dos canídeos utilizados no comércio ilegal de peles na Rússia Siberiana. A proteção das espécies autóctones é decisiva para a criação da nossa própria identidade sociocultural, pois os valores cultural, por vezes, convergem em plena simbiose com as espécies  que nos rodeiam e que merecem respeito e dignificação.