Carneiro-das-montanhas-rochosas (Ovis canadensis canadensis)

A sua génese remonta ao início do Pleistoceno, há aproximadamente 2,2 milhões de anos. 
Na altura, possuía um perfil bastante caprino, todavia ao mesmo tempo conservava particularidades dos Ovis. 
Os dois grupos evoluíram, paralelamente, o Ovis catchawensis , que de acordo com alguns especialistas era o seu antepassado direto, hoje desaparecido era aproximadamente 55% a 70% mais volumoso e 13% a 20% maior que o atual Ovis canadensis canadensis.  
Os seus antecessores atravessaram o estreito de Bering, há mais de 100.000 anos, a par do Carneiro-de-dall (Ovis dalli), que atingiu a América do Norte e se fixou no Alasca ( numa área superior à dos estados  do Texas, Califórnia e Montanha juntos), no Oeste do Canadá.
No final do Pleistoceno, há cerca de 10.000 anos, povoavam todo o hemisfério setentrional, do Norte de África à América do Norte. 
Este mamífero, conforme  tantas outras espécies do nosso planeta azul, evoluíram em convergência com o meio envolvente, de modos a absorver do mesmo melhor partido quanto possível e resistirem às adversidade climáticas.
A sua pelagem varia entre as inúmeras tonalidades de castanho e o amarelo-claro, o ventre e a parcela inferior dos membros são normalmente mais claras, a cauda costuma ser negra e as hastes desenvolvem-se ao longo da maturação e são arqueados nos machos, representando entre 7% a 12% da totalidade do seu peso. 
Os machos podem chegar a pesar 150 kg e as fêmeas, menos robustas situam-se entre os 30/90 kg, e em média vivem até aos dez anos ( apesar de haver registo de alguns animais que chegaram aos vinte e quatro anos de idade, situações relativamente raras). A sua visão é o sentido mais desenvolvido na espécie e as narinas escurecidas contrastam fortemente com a mancha do focinho.
Este herbívoro apresenta um padrão de vivência nómada, deslocando-se entre os locais de abrigo no inverno (altitudes mais baixas) e os locais de veraneio (planícies de maior altitude), entre ambos territórios, localizam-se as reservas do romantismo. Este é o único período em que vários agrupamentos se encontram ( dentro dos grupos existe um hierarquia definida).
As fêmeas atingem a maturidade sexual, regularmente aos dois anos de idade. Quando entram no cio, que tem a duração de apenas oito horas ( caso a fecundação não ocorrer neste período de oito horas, o acasalamento poderá prolongar-se durante os próximos dia, até à fecundação) e o período de gestação corresponderá a 120/130 dias, entre Abril e Junho ( nas populações do Norte). As fêmeas libertam hormonas através da urina e o macho, conduz as mesmas à boca e graças ao amparo de um glândula aposita, percepcionará a disponibilidade sexual.
 Os machos atingem a maturidade sexual entre os dezoito e os trinta e quatro meses, contudo as hastes, que simbolizam força e atração sexual para as parceiras, ainda não se encontram suficientemente desenvolvidas, de modos que terão dizimadas probabilidade de se conseguirem reproduzir, e quando se conservarem numa faixa etária entre os treze e os quinze anos, deixarão de procriar (normalmente).
Existem várias subespécies de Carneiro da Montanha:  Carneiro-das-Montanhas-Rochosas-do-Canadá (aproximadamente vinte mil indivíduos), o Carneiro-das-Montanhas-Rochosas-da-Califórnia ( existem três mil e quinhentos e nesta região catalogam-se mais três subespécies), e o Carneiro-das-Montanhas-Rochosas-do-Deserto ( distribuem-se pela Califórnia, Arizona, Novo México, e entre outras zonas).
Lamentavelmente este magnífico mamífero encontra-se em risco de extinção primordialmente devido à caça excessiva, promulgada essencialmente pelo ser humana, sendo que fatores como a destruição do seu habitat natural, através das desflorestação, e dos incêndios florestais, também fomentam o retrocesso da espécie. A introdução voluntária ou involuntária de animais doméstico nos seus territórios significará a aquisição de novas patologias, para as quais os mesmos não conservam defesas naturais, pois não evoluíram no sentido de lhe resistirem, e na realidade muitas das comunidades desta espécie já foram cruzadas com gado doméstico, o que a médio/longo prazo poderá evidenciar a incompatibilidade em termos de auto-defesas em relação a patologias características do gado doméstico, podendo conduzir à extinção de determinadas comunidades. 
Preservar este magnifico ser vivo depende de todos nós, pois a sua importância ecológica é tão mais fulcral que o papel de todas a humanidade junta, pois  fragmentamos e destruímos,  os ecossistemas, enquanto que a outras espécies harmoniosamente cooperam com os fatores extrínsecos, fundando plenos ecossistemas.